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«No dia 19 de Novembro de 1942, dirigia-se Bruno Schulz [1892-1942]para o ghetto quando percebeu que estava a ser perseguido por um grupo de SSs. Como reacç?o pôs-se em fuga, um bom pretexto para seralvejado. Foi abatido com dois tiros na nuca, e o advogado IzydorFriedman, que presenciou a cena, garantiu mais tarde que esses doistiros tinham sido dados por Günther. E também s?o seus estespormenores: "Quando anoiteceu fui procurar o cadáver. Despejei-lhe osbolsos. Todos os documentos e papéis que lá encontrei foram entreguesa Zygmunt Hoffman, que viria pouco depois a morrer. De madrugada fuienterrar o Bruno no cemitério judaico." Em 1960, o crítico polacoArthur Sandauer revelou a editores franceses e alem?es um escritor doseu país que Cracóvia acabava de voltar a pôr ? disposiç?o do públicocom As Lojas de Canela (aqui numa traduç?o feita a partir dos seustextos franc?s e ingl?s). Desde logo houve a precipitaç?o de sercomparado com Kafka. Estavam confundidos no que parecia uma mesmatradiç?o bíblica e nos mitos que ela alimenta, e até acontecia que ametamorfose em insecto de Gregor Samsa era repetida em Jakub, o Paidas histórias de Schulz. Eram no entanto separados por algo de maisfundamental: ao asceticismo de Kafka opunha-se a sensualidade deSchulz, ? secura estilística de Kafka a exuberância verbal de Schulz,o delírio de um amante das palavras que a todo o momento travavabatalha dura para as dominar. Tinha sido preciso esse meio século para o autor de uma t?o brilhante singularidade literária começar a serreconhecido como nome central da literatura polaca, para o autor det?o belos desenhos, com Vénus ? Masoch e homens humilhados, alimentarálbuns e surgir em exposiç?es públicas que mostravam o melhor do seununca concluído Livro Idólatra.» [Aníbal Fernandes]